A Polícia Civil de Lorena está investigando uma possível tentativa de feminicídio após um incêndio ocorrido na tarde de domingo (08/12), na Rua Aleixo Pereira, no centro da cidade. A vítima, uma mulher cuja identidade está preservada, sofreu queimaduras em 56% do corpo e encontra-se em estado grave. O investigado, um homem de 45 anos, foi conduzido à delegacia para esclarecimentos. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
De acordo com o registro policial, a ocorrência começou por volta das 15h40, quando a Polícia Militar foi acionada para atender a um incêndio na residência. No caminho, os agentes foram informados de que a vítima havia sido levada ao pronto-socorro local, acompanhada por familiares. No hospital, os policiais foram informados pela equipe médica que a vítima estava inconsciente devido à gravidade das lesões.
O homem investigado relatou que, antes do incêndio, ele e a vítima discutiram pela manhã após ela ter passado a noite fora de casa. Segundo o relato, a mulher teria manifestado o desejo de encerrar o relacionamento e pedido que ele deixasse a residência. Ele afirmou que saiu para comprar um frango, almoçaram juntos e, em seguida, deitaram para descansar. O homem alegou que a mulher teria iniciado o incêndio usando um isqueiro e que as chamas se alastraram rapidamente. Ele declarou ter tentado apagar o fogo com um cobertor e depois colocado a vítima sob o chuveiro.
A versão do investigado, no entanto, diverge de relatos de uma vizinha, que teria presenciado parte do ocorrido. A testemunha afirmou que o investigado mencionou que o incêndio começou por uma bituca de cigarro e que foi ela quem acionou os serviços de emergência e colocou a vítima no chuveiro. A investigação também revelou que a vítima teria pedido para não acionar a polícia nem informar sua filha sobre o ocorrido.
O histórico do investigado aponta um registro anterior de furto em contexto de violência doméstica, enquanto a vítima possui um registro de desacato datado de 2013. A polícia requisitou perícias no local do incêndio e exames médicos para esclarecer as circunstâncias do caso.
O delegado responsável determinou a abertura de um inquérito para apurar se houve tentativa de feminicídio, destacando que, até o momento, não há elementos técnicos suficientes para decretar a prisão em flagrante. Vídeos e depoimentos foram anexados ao processo para análise. Além disso, o celular do investigado foi apreendido como parte das investigações.
A continuidade do inquérito depende de laudos periciais e, eventualmente, de novos depoimentos da vítima, caso sua recuperação permita. A polícia trabalha para esclarecer as contradições entre os relatos e determinar as causas do incêndio.
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